sábado, 18 de outubro de 2014

Os "apóstolos de hoje" e os Apóstolos da Igreja Primitiva




Por: Willy Santos

De alguns anos para cá temos visto uma proliferação sem igual de novos “apóstolos” surgindo no cenário evangélico nacional. Homens que fundamentam-se em um título, como que reivindicando para si uma autoridade acima das demais posições eclesiásticas.

Quando olhamos para a Bíblia Sagrada, em O Novo Testamento, nos deparamos com um escritor muito peculiar: o médico Lucas. Ele escreve dois livros, o primeiro, sobre os atos de Jesus Cristo, e o segundo, sobre os atos do Espírito. Quem discorre em leitura pelo segundo livro tem a impressão de que ficou incompleto. No final de Atos, Paulo ainda está pregando em Roma e o livro não nos diz o que aconteceu com ele ou com o resto da igreja.

Acredito que o próprio Deus permitiu que assim fosse, até para que a história que Lucas está narrando só chegue ao fim quando o Senhor vier.
Não estou dizendo que toda a história da Igreja tenha a mesma autoridade e o valor apostólico do livro de Atos. Ao contrário, a Igreja sempre creu em O Novo Testamento e a idade apostólica tem uma autoridade única. Para nós, que cremos nas Escrituras pela fé, a história do cristianismo é muito mais que a história de uma instituição ou de um movimento qualquer.

A história do cristianismo é a história dos atos do Espírito entre os homens e as mulheres que nos precederam na fé.

O que vemos hoje?

Que alguns, mesmo de forma inconsciente, estão manchando, aos olhos do mundo, esta linda história, construída pelo sangue de Jesus e de todos os mártires da perseguição. Vejo os apóstolos modernos comportando-se de tal forma que é impossível ver a ação do Espírito Santo em suas vidas, diferente dos tempos da Igreja Primitiva, em que o Espírito agia poderosamente, através deles, naquela 
sociedade.

Hoje os “apóstolos” usam sua fé para enriquecer e engrandecer seu poderio pessoal, nos fazendo crer que até existe uma certa concorrência entre eles.  Enquanto os antigos combatiam as heresias, falsos mestres e militavam por uma fé genuína, os modernos combatem-se entre si, por dinheiro, poder, fama e espaço na mídia televisiva.

Algumas vezes, olhando pelo prisma de tais líderes, temos a impressão que a igreja abandonou por completo a fé bíblica. Neste caso, teremos de perguntar até que ponto essas ramificações podem ser chamadas de cristãs

Concluo que tais “apóstolos” podem até fazer parte da história da Igreja, mas não são parte dela, pois, esta tem o Espírito Santo como seu condutor e intercessor, cabendo à nós repugnarmos qualquer ato que visa vituperar o nome de Jesus Cristo.

Chegará o dia em que todos estes terão de dar conta do que fizeram, a consumação dos séculos chegará, e assim terminará a história da Igreja: gloriosa, pujante, vitoriosa e unida á Cristo para sempre!

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