Por: Willy Santos
De alguns anos para cá temos visto uma proliferação sem
igual de novos “apóstolos” surgindo no cenário evangélico nacional. Homens que
fundamentam-se em um título, como que reivindicando para si uma autoridade
acima das demais posições eclesiásticas.
Quando olhamos para a Bíblia Sagrada, em O Novo Testamento,
nos deparamos com um escritor muito peculiar: o médico Lucas. Ele escreve dois
livros, o primeiro, sobre os atos de Jesus Cristo, e o segundo, sobre os atos
do Espírito. Quem discorre em leitura pelo segundo livro tem a impressão de que
ficou incompleto. No final de Atos, Paulo ainda está pregando em Roma e o livro
não nos diz o que aconteceu com ele ou com o resto da igreja.
Acredito que o próprio Deus permitiu que assim fosse, até
para que a história que Lucas está narrando só chegue ao fim quando o Senhor
vier.
Não estou dizendo que toda a história da Igreja tenha a
mesma autoridade e o valor apostólico do livro de Atos. Ao contrário, a Igreja
sempre creu em O Novo Testamento e a idade apostólica tem uma autoridade única.
Para nós, que cremos nas Escrituras pela fé, a história do cristianismo é muito
mais que a história de uma instituição ou de um movimento qualquer.
A história do cristianismo é a história dos atos do Espírito
entre os homens e as mulheres que nos precederam na fé.
O que vemos hoje?
Que alguns, mesmo de forma inconsciente, estão manchando,
aos olhos do mundo, esta linda história, construída pelo sangue de Jesus e de
todos os mártires da perseguição. Vejo os apóstolos modernos comportando-se de
tal forma que é impossível ver a ação do Espírito Santo em suas vidas,
diferente dos tempos da Igreja Primitiva, em que o Espírito agia poderosamente,
através deles, naquela
sociedade.
Hoje os “apóstolos” usam sua fé para enriquecer e
engrandecer seu poderio pessoal, nos fazendo crer que até existe uma certa
concorrência entre eles. Enquanto os
antigos combatiam as heresias, falsos mestres e militavam por uma fé genuína,
os modernos combatem-se entre si, por dinheiro, poder, fama e espaço na mídia
televisiva.
Algumas vezes, olhando pelo prisma de tais líderes, temos a
impressão que a igreja abandonou por completo a fé bíblica. Neste caso, teremos
de perguntar até que ponto essas ramificações podem ser chamadas de cristãs
Concluo que tais “apóstolos” podem até fazer parte da história
da Igreja, mas não são parte dela, pois, esta tem o Espírito Santo como seu
condutor e intercessor, cabendo à nós repugnarmos qualquer ato que visa
vituperar o nome de Jesus Cristo.
Chegará o dia em que todos estes terão de dar conta do que
fizeram, a consumação dos séculos chegará, e assim terminará a história da
Igreja: gloriosa, pujante, vitoriosa e unida á Cristo para sempre!
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