sábado, 17 de setembro de 2016





Não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão, porque o Senhor não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão”                                                
Êxodo capítulo 20, versículo 7


Nossa atitude deveria ser sempre a de levar, especialmente a juventude, uma vida de louvor contínuo, o tempo todo e em todo o tempo mas, lamentavelmente, estou assistindo à proliferação de muitos "humoristas cristãos" que  inserem o nome do Santo em chacotas, usando como justificativa levar "alegria" aos crentes.

Nossa alegria é baseada em qualquer elemento que não traga vitupério ao nome do Senhor e nem o associe, mesmo que dissimuladamente, à uma ridicularização descabida, desnecessária e voluntária.
Entrei em contato com o autor deste vídeo, de forma carinhosa a meses, e é lamentável vê-lo no ar ainda. Tempo houve para que fosse retirado. Mas nos parece que interessa mais a fama e o número de acessos/curtidas, em detrimento da reverência com o nome precioso de Jesus e uma afronta ao sublime Deus. A intenção pode não ter sido essa, mas `partir do momento em que seu autor é esclarecido, torna-se um pecado deliberado e voluntário mantê-lo no ar. Me obriga a dizer (e isso não é nenhum tipo de "maldição") que Deus não permitirá que seu Santo Nome seja vituperado o tempo todo: alguma consequência, depois do riso, vai haver. E se esse "filme" tiver de se repetir, por falta de arrependimento, como já vi muitas vezes, vai terminar em chôro.

Nossa oração é que Deus levante homens e mulheres cheios do Espírito Santo para encher nossa juventude com a sua graça, a graça verdadeira!

Os nomes das pessoas e das coisas são muito importantes. Tanto é assim que o grande escritor William Shakespeare chegou a escrever em uma das suas  peças: se a rosa tivesse outro nome, não cheiraria tão doce”. 

Nomes são tão importantes que reagimos mal quando nosso nome é escrito ou pronunciado errado. E nomes ou apelidos (uma outra forma de nome) ridículos podem causar complexos nas pessoas.

Nos tempos bíblicos, os nomes eram ainda mais importantes pois, na cultura daquela época, eles caracterizavam a personalidade das pessoas - hoje em dia os nomes são escolhidos essencialmente por razões estéticas ou de marketing. Alguns exemplos demonstram bem a importância dos nomes nos tempos bíblicos: 
  • Jacó mudou de nome - para Israel = “aquele que luta com Deus” - depois do episódio da sua luta com o anjo (Gênesis capítulo 32, versículos 22 a 30).
  • Quando Moisés se encontrou com Deus pela primeira vez, no monte Sinai, perguntou qual era o nome d´Ele. Afinal conhecer esse nome, que ninguém até então sabia, iria demonstrar ao povo de Israel que Moisés tinha intimidade com Deus.
  • Outros personagens bíblicos importantes também mudaram de nome (por exemplo, Abrão virou Abraão) ou passaram a ser conhecidos por apelidos  (por exemplo, Simão virou Pedro), à medida que evoluíram na sua vida espiritual.
E é por causa da importância do nome que os cristãos devem ser batizados, segundo ensina a Bíblia, "em nome" do Pai, Filho e Espírito Santo. Pela mesma razão, os cristãos concluem suas orações "em nome" de Jesus. E repreendem os demônios também usando esse nome.

Dar nome a alguém ou a alguma coisa significa que quem nomeia tem poder espiritual sobre quem é nomeado. Por isso são os pais que costumam dar o nome dos filhos – essa prática sempre existiu em todas as culturas. Foi por causa disso que Deus pediu a Adão que nomeasse os animais (Gênesis capítulo 2, versículos 19 e 20).

Agora, como ninguém pode compreender totalmente a natureza de Deus e/ou ter poder sobre Ele, ninguém poderia nomeá-lo. Por isso Ele mesmo disse a Moisés como deveria ser chamado: “Eu sou o que sou”, ou ainda segundo algumas traduções “Eu serei o que sempre tenho sido” (Êxodo capítulo 3, versículos 13 a 15). 

É importante perceber que o mandamento de não tomar o nome de Deus em vão segue imediatamente o mandamento de não fazer imagens ou figuras d´Ele, pois uma coisa é, de certa forma, continuação da outra. 

O mandamento contra o uso indevido do nome de Deus ensina que as pessoas não podem tomar algo que é sagrado e empregá-lo de forma indevida (em vão). Assim as pessoas não podem usar esse nome em interjeições (algo que fazem com frequência), adivinhações, piadas e, sobretudo, nem em promessas vãs ou maldições. Fazer isso seria desrespeitar sua majestade e santidade.

É exatamente por causa desse mandamento que os judeus nunca se referem a Deus pelo seu nome. Quando se referem a Ele usam, de forma alternativa, as palavras "Senhor" ou "Eterno". E a mesma abordagem pode ser encontrada em muitas traduções da Bíblia: quando aparece "SENHOR" (Adonai, no hebraico) é porque no texto original consta o nome de Deus.

Acho que há ainda uma dúvida a ser esclarecida: é errado jurar em nome de Deus, no caso de uma assunto sério? É sim, muito errado. Mas é interessante perceber que a proibição não vem do terceiro mandamento e sim de uma ordenança específica, proibindo esse tipo de prática, dada pelo próprio Jesus (Mateus, capítulo 5 versículos  33 a 37).

Concluindo, as razões para o terceiro mandamento são simples de explicar e entender, como também é relativamente fácil cumprir o que é pedido por Deus nesse caso. Por isso é surpreendente perceber tratar-se de um dos mandamentos mais violados pelas pessoas. E isso acontece por pura falta de cuidado. Nesse particular, os cristãos têm muito que aprender com os judeus.