domingo, 14 de dezembro de 2014

APROVEITE A VIDA!


Um certo vendedor, querendo convencer seu cliente a comprar uma sofisticada máquina fotográfica, disse: “A vida é tão curta que não podemos nos furtar a uma pequena extravagância de vez em quando. Temos de conceder-nos algumas regalias. Então, aproveite a vida...”

É verdade que nossa vida é muito curta ; este vendedor tinha razão. É certo também que a cada dia nos aproximamos do final dela. Sentimos a sensação, muita vezes que estamos aproveitando mal nosso tempo e lutamos para valorizá-lo. Temos de aproveitar a vida sim! Mas isso não significa acumular uma infinidade de bens de consumo que trarão alegrias tão efêmeras quanto superficiais.
Como é que se aproveita a vida afinal?

A única maneira de aproveitarmos a vida e não desperdiçá-la é usar o tempo que vivemos neste mundo para termos um relacionamento melhor com Jesus Cristo. Vejam, não estou dizendo que a religiosidade ou a fé nos impeçam de usufruir os bens saudáveis deste mundo...
Estou dizendo que, além da busca pelos prazeres lícitos, precisamos conhecê-lo em profundidade. Não podemos nos esquecer de cumprir a vocação para a qual fomos chamados, ou seja, de amar “o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todas as tuas forças” (Deuteronômio 6:5)

Um dia todos teremos de comparecer diante de Deus, o que importa se fomos ricos ou pobres, se nos divertimos ou quantos bens compramos? Que importância terão as coisas deste mundo, quando estivermos diante do Altíssimo respondendo pelos nossos atos?

Ele será um juiz para os que recusaram Sua graça, mas para os que aproveitaram a vida para conhecê-lo, verão o PAI face a face.
Pense nisso...



willysantoswilly@hotmail.com

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Como eu vejo o movimento Neopentecostal





Por: Willy P. Santos

Algumas vezes tenho passado em frente a algumas denominações neo-pentecostais e, vendo-as lotadas em qualquer dia da semana e horários, indago a mim mesmo: isto significa um “sucesso” denominacional? Seriam seus líderes modelo para denominações mais antigas que, às vezes, parecem fadadas a um “fracasso numérico?”
Vejam, estou falando de cultos de Segunda à Segunda, três a quatro vezes ao dia com mensagens que não mudam de fórmula: contribua com grandes quantias de dinheiro, e Deus vai te abençoar.

Talvez algum pastor amigo já tenha parado e pensado como eu. Mas olhando de uma forma geral, vejo-as como um modelo de “igreja” que só funciona para a cúpula de sua liderança, não para seus fiéis, ainda que vejamos tantos “depoimentos” destes mesmos veiculados pela mídia.
Alguém pode até mesmo atrair uma enorme multidão ao seguir o modelo corporativo neo-pentecostal, mas não pode edificar uma igreja saudável, que fortaleça seus membros e cause impacto na comunidade vizinha.
Um verdadeiro pastor sabe que não pode dizer: “Somos uma igreja que se importa com as pessoas”, e depois acrescentar, “mas não tenho tempo para cuidar pessoalmente de nenhum de vocês”. É possível fundar uma igreja e fazê-la crescer numericamente, tendo como base o carisma ou visão, mas é impossível  fazer com que amadureça.

Aí eu me convenço que existe uma enorme diferença entre:
- tornar-se grande e desenvolver-se
- crescer em número e crescer em maturidade
- introduzir as pessoas no Reino e introduzir o Reino nas pessoas

Portanto, digo com tristeza, a cada dia que passa os ministérios denominacionais(e aqui não observo mais só as Neopentecostais) abrem mais igrejas, às vezes uma a menos de 200 metros de outras ; a cada dia surgem novos nomes e denominações, assim como tantos “apóstolos”, “bispos” e “patriarcas”, mas percebo que está faltando alguma coisa no cenário eclesiástico.

Chego à conclusão que podemos até ter mais igrejas, e maiores, do que em qualquer época, mas o tamanho e o número de igrejas claramente não melhoraram a saúde da nossa cultura.
Que tipo de evangelho (com "e" minúsculo mesmo) está sendo pregado? Aquele que transforma? Ou o que só agrega pessoas, ávidas por um sucesso temporal?

Deixemos as “disputas” egocêntricas, a busca da fama à todo custo e voltemos à velha fórmula do Evangelho e da Igreja Primitiva!


willysantoswlly@yahoo.com.br

domingo, 7 de dezembro de 2014

AS SETE PROMULGAÇÕES DA LEI DIVINA


AS SETE PROMULGAÇÕES DA LEI DIVINA

Você sabia que Deus utilizou-se de várias formas para se fazer conhecido e conhecida a sua vontade? Gradualmente Ele foi revelando e publicando sua lei. Vamos ver de que forma isso aconteceu?

1ª - Foi ESCRITA NA NATUREZA - "Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos." - Salmos 19:1

2ª - Depois foi ESCRITA NA CONSCIÊNCIA do homem - "Os quais mostram a obra da lei escrita em seus corações, testificando juntamente a sua consciência, e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os;" - Romanos 2:15

3ª - Posteriormente seus princípios fundamentais foram ESCRITOS EM TÁBUAS DE PEDRA - "Então disse o Senhor a Moisés: Sobe a mim ao monte, e fica lá; e dar-te-ei as tábuas de pedra e a lei, e os mandamentos que tenho escrito, para os ensinar." - Êxodo 24:12

4ª - No devido tempo, Jesus apareceu como a encarnação perfeita da verdade, a qual Ele ilustrou em sua própria vida sem pecado, portanto CRISTO era a PALAVRA VIVENTE - "E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." - João 1:14

5ª - Mais tarde vieram TODAS AS ESCRITURAS, a edição escrita mais ampla e completa - "Porque tudo o que dantes foi escrito, para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança." - Romanos 15:4

6ª - ESCRITA NO CORAÇÃO - "Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos" - Romanos 10:8

7ª - Além de escrita no coração, é vontade de Deus que seus preceitos possam ser "lidos" na vida dos cristãos COMO CARTAS VIVAS, ou seja, somos testemunhas e protagonistas da vontade divina - "Vós sois a nossa carta, escrita em nossos corações, conhecida e lida por todos os homens.
Porque já é manifesto que vós sois a carta de Cristo, ministrada por nós, e escrita, não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração" - 
2 Coríntios 3:2-3

Portanto, Deus e Sua Palavra se fizeram revelados por todos os meios e formas e não há motivos para que a humanidade desconheça Sua vontade e plano para o mundo.

willysantoswilly@yahoo.com.br

domingo, 30 de novembro de 2014

JÁ TE DEU VONTADE PARAR?

por Willy Santos

Há momentos que passa em minha cabeça parar com o ministério (evangelizar, pregar, ensinar, aprender, cooperar) pelas duras provas, incompreensões de quem menos esperamos e falta de visão de quem poderia nos ajudar...

Há períodos de nossa vida ministerial que esperamos que alguém enxergue como nós enxergamos, sobre as urgências de Deus ; almas para serem alcançadas e esclarecidas, seja multidões ou simplesmente uma única pessoa, mas o que encontramos são aqueles que não fazem e querem nos impedir fazer.

Críticos que demonstram saber tudo, mas pouco produzem ; gente que só pensa nas coisas desta vida, esquecendo-se que quando priorizamos o Reino, o Senhor de tudo nos acrescenta algumas coisas.

Estou cansado de gente que só enxerga o próprio umbigo, desprovidos de sentimento e sensibilidade para com os necessitados. Estou enfadado das instituições de homens, que poderiam servir à Causa, mas só buscam cifras. Estou indignado quando, mesmo com apelo dramático, procuramos angariar algum bem para ajudar um desvalido e percebo a indiferença no rosto da maioria, petrificados pelo egoísmo e mergulhados na mesquinhez.

Isso é cristianismo? Isso é amor? Onde está a compaixão? E tu, misericórdia, onde andas? Porque tantas brechas abertas quando poderíamos fechá-las todas? Porque proliferam-se como ratos os interesseiros, em detrimento do altruísmo?

Porque os homens gastam milhões em horários televisivos para brigarem entre si e em construções de obras faraônicas, quando milhares de famintos poderiam ser alimentados com a Palavra e a provisão?
E enquanto os almofadinhas espirituais ficam acomodados em seus templos à brisa do ar-condicionado e dos afagos de seus pares, como se a igreja fosse um clube social, somos chamados de vagabundos e desocupados quando procuramos sair das quatro paredes.

Não é no templo que estão as prostitutas, viciados, mendigos e marginalizados. Eles estão na rua, ao relento, nos caminhos por onde passamos todos os dias. Mas eles são invisíveis, não é? Para alguns "cristãos" eles nem existem...

E enquanto essa praga, fomentada pelo deus Mamon, se prolifera na figura de líderes que só falam em dinheiro, dinheiro e dinheiro, não para a Obra, mas para alimentar seus próprios ventres insaciáveis, vemos o saldo em prejuízo para um trabalho que poderia ser excelente.
Mas estou como o profeta Jeremias, quando conjecturava em parar (capítulo 20), uma chama queimava dentro dele, impedindo-o de desistir.
É por essa chama que eu não paro ; é pela necessidade de trabalhadores em uma seara tão imensa que eu não posso desistir: seria covardia.
É pelo sacrifício maior dAquele que verteu sangue em meu lugar que não abaixo a cabeça ; é por saber que milhões de vidas estão caminhando a passos largos para a perdição que não volto atrás ; é pelo compromisso e aliança firmada com Deus que busco forças sem tê-las e sigo em frente!

Se você está vivenciando isso também, meu irmão, então solidarize-se comigo: vamos apertar o passo, sigamos em frente, busquemos ânimo em Cristo, nosso exemplo de sofrimento e perseverança...

Eu creio que as nuvens vão se dissipar, o vento vai soprar e veremos o Sol da Justiça brilhar em nosso favor! Há uma chama dentro de nós e ela é proveniente do Espírito Santo, que nos dá força e poder.

É lícita a indignação e legítimo o inconformismo, mas isso não pode no servir de freio!

Cantemos como diz o Hino 515 da Harpa Cristã;

"Se Cristo comigo vai, eu irei
e não temerei, com gozo irei
comigo vai..."
"E grato servir a Jesus, levar a cruz
se Cristo comigo vai, eu irei"

AVANTE! Deus é contigo!

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Meu filho não quer saber da Igreja!!!


Quantos pais enfrentam essa triste situação. Enquanto crianças, com muita alegria, participam das atividades da Escola Bíblica, cultos infantis, ensaios, cantatas, passeios, EBFs e até memorizam versículos da Bíblia com vontade e determinação. Mas ao adentrarem na adolescência, como que, após dormir, acordam desgostosos da Igreja.

Uma das primeiras reações dos pais é encontrar motivos e razões para esta evasão eclesial. Em outras palavras, a “caça às bruxas” é deflagrada. Quem ou o que leve a culpa do filho não ir a Igreja? Vejamos algumas possíveis respostas:

1°. A IGREJA É CULPADA

Falta de investimento no ministério com adolescentes, revistas desatualizadas, uma sala de aula inadequada, ausência de equipamentos como data-show e até mesmo alguns brinquedos, como uma mesa de ping-pong, pimbolim, uma TV, karaokê e DVD.
 Ah! E internet também! Principalmente falta de investimento em liderança para adolescentes. Os líderes atuais são mal preparados e sem condições para pastoreá-los.

Falta de visão da liderança da Igreja, que só olha para os adolescentes para chamar atenção, “dar uma dura” por causa do barulho ou irreverência durante o culto.
Falta de testemunho por parte dos líderes é um motivo a mais para desanimar o adolescente e afastá-lo da Igreja.

2°. OS LÍDERES SÃO CULPADOS

Líderes de adolescentes que não deram a devida atenção, não visitaram, negligenciaram a função de pastoreio do adolescente. Líderes que fizeram acepção, priorizando, selecionando adolescentes para “seu grupo”.

3°. OS PAIS SÃO CULPADOS

Pias negligentes que não priorizam a criação dos filhos. Pais ausentes, tanto física, emocional e espiritualmente na vida de seus filhos. Pais que optam por dar presentes ao invés de estarem presentes na vida de seus filhos. Pais incoerentes que apresentam um belo discurso com princípios bíblicos, mas nas atitudes revelam princípios anti-bíblicos. Pais assim desanimam os filhos, geram filhos rebeldes.

4°. O MUNDO É CULPADO

São tantas atrações, cores, sons, novidades, que os filhos não resistem a elas. Festas baladas, bebidas, curtição, músicas, drogas, sexo, internet, redes sociais, quantas facilidades, quantas oportunidades, é muito difícil, como que impossível um adolescente resistir a tudo isso.

5°. OS AMIGOS SÃO CULPADOS

As más influências levam alguns adolescentes a se afastarem da Igreja. A maior tristeza é quando esses amigos são da própria Igreja. O adolescente tem a tendência de buscar uma identidade grupal, ele deixa a individual para uma coletiva, sentindo-se assim mais seguro, pertencendo a um grupo.
Com certeza as amizades cooperam nas escolhas e atitudes do adolescente.

CONCLUSÃO

Culpados é o que mais encontramos. Com certeza há outros além dos mencionados acima. De qualquer maneira, somando todos eles no máximo representam 49% da responsabilidade. Nunca passarão dessa porcentagem! A outra parte, os 51%, estão totalmente nas mãos de apenas um, que é o sexto desta lista:

6°. O ADOLESCENTE É CULPADO

Cada um faz suas escolhas, tem o livro arbítrio independentemente das circunstâncias. O adolescente que se afastou o fez por escolha pessoal, ele é o maior e principal responsável pelo seu próprio afastamento.
Os cinco primeiros responsáveis são influenciadores (49%), mas nunca serão determinantes nas escolhas do adolescente.
Faz parte da caminhada cristã mudanças de ministério e até de denominação por vários fatores, mas não participar da comunhão está mais para fatores internos pessoais (determinantes- pecados como orgulho, frieza, rancor...) do que para fatores externos (influenciadores).

Igreja, pais, líderes e amigos, cada um tem sua responsabilidade diante do adolescente. Devemos refletir e melhorar sempre o ministério com os adolescentes, a vida da Igreja e como cristãos, pais e líderes. Mas somente ele, o próprio adolescente, é culpado pela escolha e decisão de afastar da Igreja (dificuldade eclesial). Escolha feita como consequência e efeito de outra escolha realizada anteriormente: a de se afastar do Senhor, da dependência dEle e do Seu temor (dificuldade espiritual).

Igreja, pais, amigos e líderes falham, são vulneráveis e vacilantes. Mas o Senhor nosso Deus é imutável, não decepciona, não falha. O adolescente se afasta da Igreja porque escolheu tirar os olhos do Autor e Consumador da fé, Jesus Cristo.
A volta do adolescente para a Igreja passa, primeiro, pela volta ao Senhor em quebrantamento e humildade. Não há outro caminho!


Fonte:PAVI (preparando adolescente para a vida) – Revista AD Londrina – Edição 3 – Dez 2013

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

PASTOR NÃO É PALHAÇO! A necessidade de reforma nos púlpitos!


Sem sombra de dúvida, a Reforma Protestante do século XVI foi o maior reavivamento produzido pelo Espírito Santo em toda a história da Igreja de Cristo. Tudo começou pelo resgate da genuína pregação. Naqueles dias, poucos pregavam com fidelidade as Escrituras. Os sacerdotes, a maioria ignorantes, mal sabiam ler e escrever. No máximo decoravam a missa em latim. 

O povo, mergulhado em profundas trevas espirituais cegamente seguia o entretenimento supersticioso e idólatra do clero.
Quando Martinho Lutero, Ulrich Zwingli, João Calvino, John Knox e outros pastores começaram a pregar novamente a Palavra de Cristo, o povo que andava em trevas contemplou mais uma vez o brilho da luz. O Senhor promoveu um grande despertamento espiritual na Europa, levando países inteiros a abraçarem o Evangelho do Senhor Jesus Cristo.

A máxima protestante “Igreja Reformada, Sempre Reformando”, ainda hoje nos ensina que a verdadeira reforma consiste em sempre reavaliarmos a nossa fé e prática segundo os padrões estabelecidos pelas Escrituras. A nossa consciência, como disse Lutero, deve estar cativa à Palavra de Deus. A nossa pregação precisa ser clara e objetiva. Seu conteúdo: Jesus Cristo, e este crucificado (1 Co 2). Não há lugar para brincadeiras quando proclamamos o Reino de Deus.

Hermisten Maia falando sobre isso usou a seguinte ilustração: “Imagine um jovem entre muitos outros, ansiosamente procurando seu nome na lista afixada na parede da universidade. Ele busca saber se foi aprovado ou não no vestibular. De repente, surge um amigo com um sorriso largo no rosto e com braços abertos dizendo: - Você conseguiu! Você foi aprovado! O jovem começa a gritar e pular de alegria, dá um abraço apertado naquele amigo, ri, chora, comemora... Contudo, em meio a toda aquela euforia, seu ‘amigo’ diz: - É tudo brincadeira, não passou de uma piada; seu nome não consta entre os aprovados”. Como você reagiria a essa situação se fosse o vestibulando? Se você corretamente não admite brincadeiras com coisas sérias, será que o Evangelho, que envolve vida e morte eternas seria passível de brincadeiras, de gracinhas ou palhaçadas?

Da mesma forma, hoje muitos pregadores estão apresentando uma mensagem incompreensível à Igreja. Os crentes se acostumaram a ouvir o seu pastor brincar tanto com assuntos sérios, que não conseguem descobrir o temor e tremor do Senhor em suas brincadeiras. Eles sobem ao púlpito e pensam que estão no picadeiro, alguns até mesmo vestidos de palhaço!

Os palhaços “pregadores” afirmam que nós é que confundimos “expor a Bíblia com seriedade” com “expor a Bíblia sério”. Argumentam que Jesus usava muito humor para pregar e que a chave hermenêutica para compreendermos as parábolas de Jesus é o humor. Sinceramente, eu não consigo enxergar nenhum pingo de humor quando Jesus fala sobre o Dia do Juízo, onde separará ovelhas de bodes, lançando estes no inferno. Não dá para rir!

O resultado trágico dessa esdrúxula metamorfose é que o povo de Deus, por não perceber a diferença entre o palhaço e profeta, aprova este comportamento absurdo e pecaminoso por meio de aplausos e boas gargalhadas. O desaparecimento da verdadeira pregação é sempre um grave sintoma de que púlpitos estão vazios. Percebemos mais uma vez o entretenimento substituindo o verdadeiro papel do profeta. 

Não é de se estranhar a resistência por parte de muitos em ouvir e atender a mensagem da cruz. Como falar do pecado, ira de Deus, morte, inferno, arrependimento, cruz, salvação e sacrifício de modo divertido? Tem muitos pastores vestidos de palhaço afirmando: “Sim, isso é possível”. Eles têm envolvido as nossas crianças e a nossa juventude com essa maneira engraçada de pregar. Onde isso vai parar? Precisamos urgentemente de uma reforma em nossos púlpitos!

Kierkegaard conta que certa vez um circo se instalou próximo de uma cidadezinha dinamarquesa. Este circo pegou fogo. O dono do circo vendo o perigo do fogo se alastrar e atingir a cidade mandou o palhaço, que já estava vestido a caráter, pedir ajuda naquela cidade para apagar o fogo. Inútil foi todo o esforço do palhaço para convencer os seus ouvintes. Quanto mais ele gritava “O circo está pegando fogo!”, o povo ria e aplaudia o palhaço entendendo ser esta uma brilhante estratégia para fazê-los participar do espetáculo... Quanto mais o palhaço falava, gritava e chorava, insistindo em seu apelo, mais o povo ria e aplaudia... O fogo se propagou pelo campo seco, atingiu a cidade e esta foi destruída.

Pastor não é palhaço, é profeta. Seu púlpito não é picadeiro, mas o lugar de onde ele proclama com autoridade a Palavra de Deus. Sua missão é pregar em alto e bom som, de forma pura e simples as Boas Novas do Evangelho e todas as suas implicações. O pastor não é um animador de auditório, nem um contador de piadas. Lugar de palhaço é no circo. Que Deus tenha misericórdia de nós, levantando novos reformadores!
Alan Kleber

Fonte: Blog "E a Bíblia com isso?"

domingo, 19 de outubro de 2014

Ame ao próximo como a si mesmo!

LEITURA: Marcos 2.1-12 ; João 5.1-9

Imaginem, nos dias de hoje, como sofrem as pessoas que têm deficiência física: preconceito, desprezo e indiferença por grande camada da população e até de certos setores do serviço público. Na época de Jesus, então, era pior, pois a deficiência era sinônimo de pecado, como podemos conferir em João 9.2. Vamos comentar aqui, baseados na leitura sugerida no cabeçalho, dois deles. Um deles já estava sofrendo a 38 anos e sua mobilidade, certamente, era muito reduzida. Ele não podia deslocar-se normalmente, tanto é que fazia tempo que tentava entrar no tanque para ser curado e, além disso, ninguém o ajudava.

O outro deficiente até que poderia se considerar como felizardo, pois tinha amigos e quatro, logo de cata se ofereceram para ajudá-lo, algo incomum naquela época. Estes sim, eram verdadeiros amigos, pois além de ajudá-lo, enfrentaram obstáculos para apresentá-lo à Jesus para que fosse curado. Aqueles quatro homens poderiam ter desistido quando perceberam que pela porta não havia condições de entrar e, consequentemente, não poderia inserir seu amigo na presença de Jesus. Mas eles não desistiram!

No Evangelho segundo escreveu João o paralítico é curado apesar do seu desânimo. No de Marcos ele é curado por causa da fé de seus amigos.
O QUE TEMOS FEITO PELOS NOSSOS AMIGOS?
Talvez a paralisia espiritual tenha impedido que eles caminhem até Jesus, mas nós podemos levá-los, seja sozinhos ou unidos a outros irmãos. Será que neste momento algum amigo está precisando de um milagre, de uma palavra de conforto, de salvação, e nós passamos correndo, interessados nas nossas bênçãos e nem sequer percebemos o tempo que  a pessoa está ali esperando que alguém a leve, não ao tanque, mas à Fonte de Águas Vivas?
Precisamos amar as pessoas a ponto de pagarmos o preço pelo milagre na vida delas. Quantas pessoas estão nos leitos dos hospitais, nas casas de recuperação, nas ruas jogadas ao relento, nos abrigos públicos, às vezes, na prosperidade material mas miseráveis de espírito, esperando que as busquemos no leito e a apresentemos à Jesus.
Certamente Jesus espera isso de você e de mim.

BOA SEMANA Á TODOS

Willy Santos
Ministrações & Estudos Bíblicos

willysantoswilly@yahoo.com.br

sábado, 18 de outubro de 2014

Os "apóstolos de hoje" e os Apóstolos da Igreja Primitiva




Por: Willy Santos

De alguns anos para cá temos visto uma proliferação sem igual de novos “apóstolos” surgindo no cenário evangélico nacional. Homens que fundamentam-se em um título, como que reivindicando para si uma autoridade acima das demais posições eclesiásticas.

Quando olhamos para a Bíblia Sagrada, em O Novo Testamento, nos deparamos com um escritor muito peculiar: o médico Lucas. Ele escreve dois livros, o primeiro, sobre os atos de Jesus Cristo, e o segundo, sobre os atos do Espírito. Quem discorre em leitura pelo segundo livro tem a impressão de que ficou incompleto. No final de Atos, Paulo ainda está pregando em Roma e o livro não nos diz o que aconteceu com ele ou com o resto da igreja.

Acredito que o próprio Deus permitiu que assim fosse, até para que a história que Lucas está narrando só chegue ao fim quando o Senhor vier.
Não estou dizendo que toda a história da Igreja tenha a mesma autoridade e o valor apostólico do livro de Atos. Ao contrário, a Igreja sempre creu em O Novo Testamento e a idade apostólica tem uma autoridade única. Para nós, que cremos nas Escrituras pela fé, a história do cristianismo é muito mais que a história de uma instituição ou de um movimento qualquer.

A história do cristianismo é a história dos atos do Espírito entre os homens e as mulheres que nos precederam na fé.

O que vemos hoje?

Que alguns, mesmo de forma inconsciente, estão manchando, aos olhos do mundo, esta linda história, construída pelo sangue de Jesus e de todos os mártires da perseguição. Vejo os apóstolos modernos comportando-se de tal forma que é impossível ver a ação do Espírito Santo em suas vidas, diferente dos tempos da Igreja Primitiva, em que o Espírito agia poderosamente, através deles, naquela 
sociedade.

Hoje os “apóstolos” usam sua fé para enriquecer e engrandecer seu poderio pessoal, nos fazendo crer que até existe uma certa concorrência entre eles.  Enquanto os antigos combatiam as heresias, falsos mestres e militavam por uma fé genuína, os modernos combatem-se entre si, por dinheiro, poder, fama e espaço na mídia televisiva.

Algumas vezes, olhando pelo prisma de tais líderes, temos a impressão que a igreja abandonou por completo a fé bíblica. Neste caso, teremos de perguntar até que ponto essas ramificações podem ser chamadas de cristãs

Concluo que tais “apóstolos” podem até fazer parte da história da Igreja, mas não são parte dela, pois, esta tem o Espírito Santo como seu condutor e intercessor, cabendo à nós repugnarmos qualquer ato que visa vituperar o nome de Jesus Cristo.

Chegará o dia em que todos estes terão de dar conta do que fizeram, a consumação dos séculos chegará, e assim terminará a história da Igreja: gloriosa, pujante, vitoriosa e unida á Cristo para sempre!

domingo, 7 de setembro de 2014

Papa pede desculpas a vítimas de abusos

O Papa Francisco denunciou nesta segunda-feira (7) a “cumplicidade inexplicável” da Igreja Católica com os padres pedófilos que cometeram abusos sexuais e pediu desculpas às vítimas em um encontro com algumas delas no Vaticano.
Em suas palavras mais fortes sobre o assunto, Francisco disse às vítimas que os abusos foram “camuflados com cumplicidade” e implorou por perdão.
“Há muito tempo sinto no coração uma profunda dor, um sofrimento tanto tempo oculto, tanto tempo dissimulado com uma cumplicidade que não tem explicação”, disse o pontífice em uma comovedora homília na qual pediu várias vezes perdão.
“Diante de Deus expresso minha dor pelos pecados e crimes graves de abusos sexuais cometidos pelo clero contra vocês e humildemente peço perdão”, afirmou o Papa, que reconheceu que os líderes da Igreja “não responderam adequadamente às denúncias de abuso apresentadas por familiares e por aqueles que foram vítimas de abuso”, disse.
“Os pecados de abuso sexual contra menores por parte do clero têm um efeito virulento na fé e na esperança em Deus”, acrescentou. “Não há lugar na Igreja para os que cometem estes abusos, e me comprometo a não tolerar o dano infligido a um menor por parte de ninguém”, ressaltou o chefe da Igreja católica.
Para o Papa, os autores destes crimes não apenas cometeram atos reprováveis, mas também profanaram a imagem de Deus.
Para saber mais da problemática sobre pedofilia no catolicismo – CLIQUE AQUI
Extraído do G1 em 07/07/2014

Versículos que a "igreja da televisão" não prega



por Willy Santos

"Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos.
Quem, pois, tiver bens do mundo, e, vendo o seu irmão necessitado, lhe cerrar as suas entranhas, como estará nele o amor de Deus?
Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade."
1 João 3:16-18


"Se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe pão para comer; e se tiver sede, dá-lhe água para beber;"
Provérbios 25:21

"Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?"
Isaías 58:7

"Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes."
Mateus 5:42

"Vendei o que tendes, e dai esmolas. Fazei para vós bolsas que não se envelheçam; tesouro nos céus que nunca acabe, aonde não chega ladrão e a traça não rói."
Lucas 12:33

"Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é necessário auxiliar os enfermos, e recordar as palavras do Senhor Jesus, que disse: Mais bem-aventurada coisa é dar do que receber.
Atos 20:35

"O que vê com bons olhos será abençoado, porque dá do seu pão ao pobre."
Provérbios 22:9

"E, quando teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então sustentá-lo-ás, como estrangeiro e peregrino viverá contigo."
Levítico 25:35

"Quando entre ti houver algum pobre, de teus irmãos, em alguma das tuas portas, na terra que o Senhor teu Deus te dá, não endurecerás o teu coração, nem fecharás a tua mão a teu irmão que for pobre;"
Deuteronômio 15:7

"Disse-lhe Jesus: Se queres ser perfeito, vai, vende tudo o que tens e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me."
Mateus 19:21

"Antes dai esmola do que tiverdes, e eis que tudo vos será limpo."
Lucas 11:41

Pois é, os ensinamentos da "igreja da televisão" é unilateral: que você doe o que tiver, mas que seja SEMPRE para a igreja ; que você "sacrifique" se quiser ser abençoado.
Mesmo o Bispo e o Apóstolo possuindo fazendas, jatinhos, carros importados e blindados, mansões e outros bens, eles mesmos não podem repartir com seus fiéis pobres, afinal, são os "portadores da bênção".

Alem disso, se você aprender a repartir com o necessitado, segundo a Teologia da Prosperidade, ficará com menos do que tem. Portanto, a sua bênção deverá passar "obrigatoriamente" pela instituição chamada igreja (não a de Cristo, que é com "I" maiúsculo) e, depois de sua participação na "reunião dos empresários", adquirir qualquer bugiganga "ungida" e "sacrificar", aí sim, será "abençoado".

Não são espertos estes pastores da igreja da televisão?


UMA HISTÓRIA SOBRE O VERDADEIRO AMOR


Um professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo, e que é preferível acabar com a relação quando este se apaga, em vez de se submeter à triste monotonia do matrimônio.
O mestre disse que respeitava sua opinião mas lhes contou a seguinte história:
"Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarte. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até à caminhonete.
Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.
Durante o velório, meu pai não falou. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão, quebrar a nostalgia recordando momentos engraçados.
Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo, passou a mão sobre o caixão e falou com sentida emoção:
— Meus filhos, foram 55 bons anos...
Ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo.
Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou:
— Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa e mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro quando entes queridos partiam. Oramos juntos na sala de espera de alguns hospitais, nos apoiamos na hora da dor, trocamos abraços em cada Natal, e perdoamos nossos erros...
Filhos, agora ela se foi, e estou contente. E vocês sabem por quê?
Porque ela se foi antes de mim e não teve que viver a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só depois da minha partida. Sou eu que vou passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso.
Eu a amo tanto que não gostaria que sofresse assim...
Quando meu pai terminou de falar, meus irmãos e eu estávamos com os rostos cobertos de lágrimas. Nós o abraçamos e ele nos consolava, dizendo: 'Está tudo bem, meus filhos, podemos ir para casa."
E, por fim, o professor concluiu:
-Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor. Está muito além do romantismo, e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.
Quando o mestre terminou de falar, os jovens universitários não puderam argumentar. Pois esse tipo de amor era algo que não conheciam. O verdadeiro amor se revela nos pequenos gestos, dia-a-dia e por todos os dias. O verdadeiro amor não é egoísta, não é presunçoso, nem alimenta o desejo de posse sobre a pessoa amada.
Quem caminha sozinho pode até chegar mais rápido, mas aquele que vai acompanhado com certeza chegará mais longe!

sábado, 30 de agosto de 2014

VEJAM COMO OS EXTREMISTAS DICIPULAM AS CRIANÇAS.


Por Willy Santos

Será que se algum chefe terrorista se apresentasse a um grupo de crianças, na faixa de ensino fudamental para disseminar seu ódio, elas comprenderiam? Talvez algumas poucas.

Mas a estratégia radical está sendo inteligentemente plantada até nos programas infantís, através dos brinquedos e bonecos animados.

O brinquedo é oportunidade de desenvolvimento. Brincando, a criança experimenta, descobre, inventa, aprende e confere habilidades. Além de estimular a curiosidade, a autoconfiança e a autonomia, proporciona o desenvolvimento da linguagem, do pensamento e da concentração e atenção.

Brincar é indispensável à saúde física, emocional e intelectual da criança. Irá contribuir, no futuro, para a eficiência e o equilíbrio do adulto.

E os radicais sabem disso, afinal, entre eles há professores, pedagogos, educadores, enfim, pessoas com auto grau acadêmico e adeptos do ódio racial e religioso.

O brinquedo traduz o real para a realidade infantil. Suaviza o impacto provocado pelo tamanho e pela força dos adultos, diminuindo o sentimento de impotência da criança. Brincando, sua inteligência e sua sensibilidade estão sendo desenvolvidas. Vejam este vídeo. Percebam como, de uma forma lúdica, as crianças vão absorvendo a mensagem que a liderança radical quer que elas transportem por toda a vida.

Vejam que, no caso em questão, em um programa infantil que vai ao ar todos os dias, as crianças podem participar ativamente, com toda a conivêcia dos pais.

Um bichinho de pelúcia apresenta-se um bom companheiro. Uma bola, por exemplo é um convite ao exercício motor, um quebra - cabeças desafia a inteligência e um colar faz a menina sentir-se bonita e importante como a mamãe. Enfim, todos são como amigos, servindo de intermediários para que a criança consiga integrar-se melhor.

Para que o brinquedo seja significativo para a criança é preciso que tenha pontos de contato com a sua realidade. A realidade na faixa de Gaza nós já conhecemos ; os que moram naquela fronteira regada a sangue, mais ainda: as crianças vêem a morte de perto todos os dias. Milhares delas estão órfãs e desejam "vingar" seus mortos contra os "infiéis".

Que canal e artifício melhor que um programa infantil para robotizar as crianças, desde a tenra idade?

Até que ponto pode ir as atitudes dos radicais palestinos, que fingem carregar mortos, utilizam velhos, mulheres e crianças como escudo, realizam barbaridades atrozes contra aqueles que se recusam a participarem de seus atos e, por fim, até os programas infantís são contaminados?


willysantoswilly@ahoo.com.br

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

ABUSO ESPIRITUAL

Abuso Espiritual

Se você vive ou viveu isso, leia este estudo. NÃO ACEITE AUTORITARISMO E TIRANIA DE LÍDER NENHUM!


REJEITE O DESPOTISMO DOS TAIS "UNGIDOS DE DEUS", que de ungidos não têm nada!

Este estudo não visa levantar um batalhão de rebeldes desobedientes, mas alertar às pessoas quanto aos abusos cometidos nas igrejas!

Data de Fundação: O abuso espiritual é tão antigo quanto as falsas re
ligiões.

Organização Estrutural: O abuso espiritual pode ocorrer em qualquer organização estrutural, mas as estruturas mais autoritárias são ainda mais suscetíveis ao abuso espiritual sistemático.

Definição: Abuso espiritual é o uso impróprio de qualquer posição de poder, liderança, ou influência para satisfazer os desejos egoístas de um líder. Às vezes o abuso se origina em posições doutrinárias. Às vezes ele ocorre porque os interesses pessoais de um líder, ainda que legítimos, sejam satisfeitos de maneira ilegítima. Sistemas religiosos espiritualmente abusivos são comumente descritos como legalistas, controladores mentais, religiosamente viciadores, e autoritários.

Características Comuns:

1. Autoritarismo: A característica mais evidente de um sistema religioso abusivo, ou de um líder abusivo, é a ênfase excessiva em sua autoridade. Normalmente o grupo se diz ter sido estabelecido diretamente por Deus, e, portanto, seus líderes se consideram como tendo o direito de comandar seus seguidores.

Tal autoridade, supostamente, é derivada da posição que ocupam. Em Mateus 23:1–2 Jesus disse que “na cadeira de Moisés, se assentaram os escribas e os fariseus”, uma posição de autoridade espiritual. Ainda que outros termos sejam usados, essa posição, nos grupos abusivos, é de poder, e não de autoridade moral. Àqueles que se submetem incondicionalmente, são prometidas bênçãos espirituais. A eles é dito que devem se submeter completamente, sem o direito de questionar os líderes; se os líderes estiverem errados, isso é problema deles com Deus, e Deus ainda assim abençoará àqueles que se submetem incondicionalmente.

2. Aparência Externa: O sistema religioso abusivo procura sempre manter uma aparência de santidade. A história do grupo ou organização quase sempre é distorcida para se dar a impressão de que ela tem um relacionamento especial com Deus. Os julgamentos incorretos e as índoles duvidosas de seus líderes são negados ou encobertos para que sua autoridade não seja questionada, e para manter as aparências. Padrões legalistas de pensamento e comportamento, impossíveis de serem mantidos, são impostos aos membros. Seu fracasso em manter tais padrões é usado como constante lembrete de que eles são inferiores aos líderes, e portanto devem se submeter a eles. Religião abusiva é, essencialmente, legalismo.

A religião abusiva também é paranóica. Apenas uma imagem positiva do grupo é apresentada àqueles que não fazem parte dele, porque a verdade sobre o sistema religioso abusivo seria obviamente rejeitada se fosse conhecida. Isso é justificado com base na alegação de que pessoas “mundanas” não entenderiam a religião, e portanto, eles não têm o direito de saber. Isso leva com que membros escondam das pessoas que não são membros algumas doutrinas, regras, e procedimentos internos do grupo. Principalmente os líderes, normalmente, mantêm segredos que não divulgam a suas congregações. Esse sigilo está baseado na desconfiança geral dos outros, porque o sistema é falso e não pode resistir a escrutínios.

3. Proibição de Críticas: O sistema religioso, por não ser baseado na verdade, não pode permitir questionamentos, dissensões, ou discussões aberta sobre questões. A pessoa que questiona se torna o próprio problema, ao invés da questão que ela levantou. As resoluções sobre qualquer questão vêm diretamente do topo da hierarquia. Qualquer tipo de questionamento é considerado como desafio à autoridade. O pensamento autônomo é desencorajado, sob a alegação de que ele leva à dúvida, que por sua vez é vista como sendo falta de fé em Deus e em seus líderes ungidos. Desse modo, os seguidores procuram controlar seus próprios pensamentos, por medo de que possam estar questionando Deus.

4. Perfeccionismo: Todas as bênçãos, nos sistemas abusivos, vêm através da desempenho próprio. O fracasso é seriamente condenado, e portanto a única alternativa é a perfeição. O membro, enquanto crer que esteja tendo sucesso em manter os requeridos padrões, normalmente exibe orgulho, elitismo, e arrogância. Entretanto, quando os tropeços e fracassos inevitavelmente ocorrem, o membro muitas vezes naufraga na fé. Aqueles que fracassam nos seus esforços são vistos como apóstatas, fracos, e são normalmente descartados pelo sistema.

5. Desequilíbrio: Os grupos abusivos têm de se distinguir de todos os outros grupos religiosos para que possam alegar serem únicos e especiais para Deus. Isso normalmente é feito através de uma ênfase exagerada em posições doutrinárias menos centrais (como por exemplo, profecias sobre os últimos dias), ou através de legalismo extremo, ou uso de métodos peculiares de interpretação bíblica. Dessa forma, suas conclusões e crenças peculiares são exibidas como prova de que são únicos e especiais para Deus.

Algumas Respostas Bíblicas

Existem vários exemplos de abuso espiritual na Bíblia. No livro de Ezequiel, por exemplo, Deus descreve e condena os “pastores de Israel” que apascentam a si mesmos e não as ovelhas, que não cuidam das doentes, desgarradas e perdidas, mas dominam sobre elas com rigor e dureza (Ez. 34:1–10). Jesus reagiu com indignação contra os cambistas no Templo, que exploravam os fiéis (Mt. 21:12–13; Mc. 11:15–18; Lc. 19:45–47; Jo. 2:13–16), e também contra aqueles que se importavam mais com suas próprias interpretações da Lei do que com o sofrimento humano (Mc. 3:1–5). Em Mateus 23, Jesus nos dá uma importante descrição dos líderes espirituais abusivos. Em Gálatas, Paulo argumenta contra aqueles que queriam impor um cristianismo legalista, subvertendo a mensagem do evangelho. Existem muitos outros exemplos na Bíblia.

Jesus Cristo era Deus encarnado, a segunda Pessoa da Trindade, o Criador do universo. Ele, obviamente, tem a mais alta e soberana autoridade espiritual. Ainda assim, Jesus não usou essa autoridade para subjugar seus discípulos; ele não abusou de sua autoridade para colocá-los sob o jugo de regras e regulamentos legalistas. Ao contrário, ele disse: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração; e achareis descanso para a vossa alma. Porque o meu jugo é suave, e o meu fardo é leve” (Mt. 11:28–30).

Nem tampouco Jesus procurava manter as aparências externas. Ele comia com publicanos e pecadores (Mt. 9:10–13). Aos fariseus legalistas, Jesus aplicou as palavras de Isaías: “Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens” (Mt. 15:9). Ele condenou sua atitude: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque sois semelhantes aos sepulcros caiados, que, por fora, se mostram belos, mas interiormente estão cheios de ossos de mortos e de toda imundícia! Assim também vós exteriormente pareceis justos aos homens, mas, por dentro, estais cheios de hipocrisia e de iniqüidade” (Mt. 23:27–28).

Jesus não era paranóico como os líderes abusivos. Seu ministério era transparente ao publico (Jo.18:19–21). Ele não tinha nada a esconder. Jesus não só criticou os líderes religiosos por suas doutrinas errôneas (Mt. 15:1–9; 23:1–39; etc.), mas também, quando criticado, ele não os silenciou, mas deu-lhes respostas bíblicas e racionais às suas objeções (e.g., Lc. 5:29–35; 7:36–47; Mt. 19:3–9).

Jesus, ainda que ensinasse a Lei perfeita de Deus, colocava as necessidades legítimas das pessoas acima de regras ou regulamentos legalistas (Mt.12:1–13; Mc. 2:23–3:5). Ainda que nenhum ser humano seja absolutamente perfeito nessa vida (1 Jo. 1:8), podemos saber que já temos vida eterna (1 Jo. 5:10–13; Jo. 5:24; 6:37–40; Rm. 8:1–2).

Os fariseus eram um exemplo de líderes espirituais abusivos: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” (Mt. 23:23).

Efeitos do Abuso Espiritual

O abuso espiritual tem um efeito devastador na vida das pessoas. Elas normalmente depositam um alto grau de confiança em seus líderes, os quais deveriam honrar e guardar tal confiança. Quando essa confiança é traída, a ferida que se abre é muito grande, até mesmo a ponto da pessoa nunca mais poder confiar em líderes espirituais novamente, mesmo que eles sejam legítimos.

Uma situação análoga pode ser vista nas vítimas de incesto, que apresentam sintomas emocionais e psicológicos muito parecidos com os vistos naqueles que são abusados espiritualmente. O principal sintoma é a incapacidade que desenvolvem em se relacionarem normalmente com pessoas que representem ou tenha alguma associação mental com a fonte de sua dor emocional.

Além de desenvolverem medo e desilusão com relação a líderes religiosos, as vítimas de abuso espiritual muitas vezes têm dificuldade em confiar em Deus. Eles se perguntam, “como é que Deus pode ter permitido que isso acontecesse comigo? Tudo o que eu queria era amá-lo e servi-lo!” Muitas vezes, essas pessoas desenvolvem grande rancor. A raiva, por si própria, não é necessariamente pecado, pois até mesmo Deus se ira contra a injustiça (veja acima). Entretanto, se esse rancor não for progressivamente eliminado, ele pode estabelecer raízes de amargura e incredulidade com relação a tudo que seja espiritual.

Recuperando-se do Abuso Espiritual

Para que haja uma recuperação dos males causados pelo abuso espiritual, é preciso que a vítima entenda o que aconteceu, por que aconteceu, e como aconteceu. Ela também precisa entender que ela não é a única pessoa vitimada por esse tipo de abuso. Ela deve procurar grupos de apoio, e ser contínua e pacientemente ensinada sobre a graça de Deus. Os grupos de apoio são necessários não só para que a vítima seja ministrada pelo grupo, mas também para que ela possa usar sua experiência para ministrar a outras vítimas, o que é essencial para a sua recuperação.

A vítima também deve procurar eventualmente perdoar os que a abusaram. Normalmente alguns anos são necessários para que uma vítima de abuso espiritual possa ser totalmente restaurada.

Adaptado do artigo por David Henke

Extraído do Manual de Heresiologia da AGIR

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

A judaização da iurd

Conhecemos bem a Igreja Universal pelo seu misticismo e sincretismo religioso, agora com a construção e inauguração do Templo de Salomão passaram a adotar práticas do Judaísmo. A IURD está adotando uma espécie de judaização da igreja. Veja, neste artigo, Edir Macedo com o Tallith e o Kipá. Esta tendência iniciou-se no período da igreja primitiva, quando alguns judeus convertidos orientavam que todos os demais, inclusive os gentios convertidos, observassem parte da legislação do judaísmo, a fim de se completar neles a obra da salvação. Os judeus convertidos tinham muita dificuldade em descansar na obra vicária de Jesus a sua salvação completa.
Em Atos 15 é citada a dissensão na igreja por causa da forte pressão exercida pelo grande número de convertidos judeus sobre os novos crentes, para que estes se circuncidassem a fim de serem salvos (v. 1). Tal ensino não prosperou devido à oposição de alguns apóstolos, especialmente de Tiago (v. 13). No seu julgamento os gentios convertidos não deviam ser “perturbados” (v. 19).
Na sua Epístola aos Gálatas, Paulo nos informa que até mesmo o Apóstolo Pedro se deixou dissimular, temendo um grupo de judeus convertidos quando este comia com os gentios cristãos. Até mesmo Barnabé estava sendo influenciado. A reação de Paulo foi enérgica. O Apóstolo repreendeu a Pedro, afirmando que o homem não é justificado por obra da lei, e, sim, mediante a fé em Cristo Jesus (Gl 2.11-14).
A igreja primitiva se viu livre da persuasão dos judaizantes apenas a partir do ano 70, quando o general romano Tito destruiu o templo e dispersou os judeus, inclusive os judeus cristãos. Os pais da igreja deixam de pregar nas sinagogas e o judaísmo deixa de ter influências na fé cristã. No Concílio de Nicéia, em 325 A. D, a igreja afirmou que não queria nenhum relacionamento comum com o judaísmo.
Hoje, quase 20 séculos depois do Concílio de Jerusalém (At 15), a Igreja Universal inaugura o Templo de Salomão e adota práticas e costumes judaicos, (veja a foto). A diferença hoje é que a pressão não é de fora para dentro, isto é, não vem dos judeus convertidos, mas é de dentro para fora. Judaizar a Igreja é negar a obra de Cristo.
Para estarmos perto de Deus não necessitamos de um Templo feito por mãos de homens, muito menos rituais religiosos e indumentários judaicos. Adotar o judaísmo é abandonar a fé.
Como é uma realidade este texto hoje: Tito 1.9 – 11. “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes. Porque há muitos desordenados, faladores, vãos e enganadores, principalmente os da circuncisão, Aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas inteiras ensinando o que não convém, por torpe ganância.”

Autor e fonte: Pr. Joaquim de Andrade - Ministério CACP