segunda-feira, 20 de outubro de 2014

PASTOR NÃO É PALHAÇO! A necessidade de reforma nos púlpitos!


Sem sombra de dúvida, a Reforma Protestante do século XVI foi o maior reavivamento produzido pelo Espírito Santo em toda a história da Igreja de Cristo. Tudo começou pelo resgate da genuína pregação. Naqueles dias, poucos pregavam com fidelidade as Escrituras. Os sacerdotes, a maioria ignorantes, mal sabiam ler e escrever. No máximo decoravam a missa em latim. 

O povo, mergulhado em profundas trevas espirituais cegamente seguia o entretenimento supersticioso e idólatra do clero.
Quando Martinho Lutero, Ulrich Zwingli, João Calvino, John Knox e outros pastores começaram a pregar novamente a Palavra de Cristo, o povo que andava em trevas contemplou mais uma vez o brilho da luz. O Senhor promoveu um grande despertamento espiritual na Europa, levando países inteiros a abraçarem o Evangelho do Senhor Jesus Cristo.

A máxima protestante “Igreja Reformada, Sempre Reformando”, ainda hoje nos ensina que a verdadeira reforma consiste em sempre reavaliarmos a nossa fé e prática segundo os padrões estabelecidos pelas Escrituras. A nossa consciência, como disse Lutero, deve estar cativa à Palavra de Deus. A nossa pregação precisa ser clara e objetiva. Seu conteúdo: Jesus Cristo, e este crucificado (1 Co 2). Não há lugar para brincadeiras quando proclamamos o Reino de Deus.

Hermisten Maia falando sobre isso usou a seguinte ilustração: “Imagine um jovem entre muitos outros, ansiosamente procurando seu nome na lista afixada na parede da universidade. Ele busca saber se foi aprovado ou não no vestibular. De repente, surge um amigo com um sorriso largo no rosto e com braços abertos dizendo: - Você conseguiu! Você foi aprovado! O jovem começa a gritar e pular de alegria, dá um abraço apertado naquele amigo, ri, chora, comemora... Contudo, em meio a toda aquela euforia, seu ‘amigo’ diz: - É tudo brincadeira, não passou de uma piada; seu nome não consta entre os aprovados”. Como você reagiria a essa situação se fosse o vestibulando? Se você corretamente não admite brincadeiras com coisas sérias, será que o Evangelho, que envolve vida e morte eternas seria passível de brincadeiras, de gracinhas ou palhaçadas?

Da mesma forma, hoje muitos pregadores estão apresentando uma mensagem incompreensível à Igreja. Os crentes se acostumaram a ouvir o seu pastor brincar tanto com assuntos sérios, que não conseguem descobrir o temor e tremor do Senhor em suas brincadeiras. Eles sobem ao púlpito e pensam que estão no picadeiro, alguns até mesmo vestidos de palhaço!

Os palhaços “pregadores” afirmam que nós é que confundimos “expor a Bíblia com seriedade” com “expor a Bíblia sério”. Argumentam que Jesus usava muito humor para pregar e que a chave hermenêutica para compreendermos as parábolas de Jesus é o humor. Sinceramente, eu não consigo enxergar nenhum pingo de humor quando Jesus fala sobre o Dia do Juízo, onde separará ovelhas de bodes, lançando estes no inferno. Não dá para rir!

O resultado trágico dessa esdrúxula metamorfose é que o povo de Deus, por não perceber a diferença entre o palhaço e profeta, aprova este comportamento absurdo e pecaminoso por meio de aplausos e boas gargalhadas. O desaparecimento da verdadeira pregação é sempre um grave sintoma de que púlpitos estão vazios. Percebemos mais uma vez o entretenimento substituindo o verdadeiro papel do profeta. 

Não é de se estranhar a resistência por parte de muitos em ouvir e atender a mensagem da cruz. Como falar do pecado, ira de Deus, morte, inferno, arrependimento, cruz, salvação e sacrifício de modo divertido? Tem muitos pastores vestidos de palhaço afirmando: “Sim, isso é possível”. Eles têm envolvido as nossas crianças e a nossa juventude com essa maneira engraçada de pregar. Onde isso vai parar? Precisamos urgentemente de uma reforma em nossos púlpitos!

Kierkegaard conta que certa vez um circo se instalou próximo de uma cidadezinha dinamarquesa. Este circo pegou fogo. O dono do circo vendo o perigo do fogo se alastrar e atingir a cidade mandou o palhaço, que já estava vestido a caráter, pedir ajuda naquela cidade para apagar o fogo. Inútil foi todo o esforço do palhaço para convencer os seus ouvintes. Quanto mais ele gritava “O circo está pegando fogo!”, o povo ria e aplaudia o palhaço entendendo ser esta uma brilhante estratégia para fazê-los participar do espetáculo... Quanto mais o palhaço falava, gritava e chorava, insistindo em seu apelo, mais o povo ria e aplaudia... O fogo se propagou pelo campo seco, atingiu a cidade e esta foi destruída.

Pastor não é palhaço, é profeta. Seu púlpito não é picadeiro, mas o lugar de onde ele proclama com autoridade a Palavra de Deus. Sua missão é pregar em alto e bom som, de forma pura e simples as Boas Novas do Evangelho e todas as suas implicações. O pastor não é um animador de auditório, nem um contador de piadas. Lugar de palhaço é no circo. Que Deus tenha misericórdia de nós, levantando novos reformadores!
Alan Kleber

Fonte: Blog "E a Bíblia com isso?"

domingo, 19 de outubro de 2014

Ame ao próximo como a si mesmo!

LEITURA: Marcos 2.1-12 ; João 5.1-9

Imaginem, nos dias de hoje, como sofrem as pessoas que têm deficiência física: preconceito, desprezo e indiferença por grande camada da população e até de certos setores do serviço público. Na época de Jesus, então, era pior, pois a deficiência era sinônimo de pecado, como podemos conferir em João 9.2. Vamos comentar aqui, baseados na leitura sugerida no cabeçalho, dois deles. Um deles já estava sofrendo a 38 anos e sua mobilidade, certamente, era muito reduzida. Ele não podia deslocar-se normalmente, tanto é que fazia tempo que tentava entrar no tanque para ser curado e, além disso, ninguém o ajudava.

O outro deficiente até que poderia se considerar como felizardo, pois tinha amigos e quatro, logo de cata se ofereceram para ajudá-lo, algo incomum naquela época. Estes sim, eram verdadeiros amigos, pois além de ajudá-lo, enfrentaram obstáculos para apresentá-lo à Jesus para que fosse curado. Aqueles quatro homens poderiam ter desistido quando perceberam que pela porta não havia condições de entrar e, consequentemente, não poderia inserir seu amigo na presença de Jesus. Mas eles não desistiram!

No Evangelho segundo escreveu João o paralítico é curado apesar do seu desânimo. No de Marcos ele é curado por causa da fé de seus amigos.
O QUE TEMOS FEITO PELOS NOSSOS AMIGOS?
Talvez a paralisia espiritual tenha impedido que eles caminhem até Jesus, mas nós podemos levá-los, seja sozinhos ou unidos a outros irmãos. Será que neste momento algum amigo está precisando de um milagre, de uma palavra de conforto, de salvação, e nós passamos correndo, interessados nas nossas bênçãos e nem sequer percebemos o tempo que  a pessoa está ali esperando que alguém a leve, não ao tanque, mas à Fonte de Águas Vivas?
Precisamos amar as pessoas a ponto de pagarmos o preço pelo milagre na vida delas. Quantas pessoas estão nos leitos dos hospitais, nas casas de recuperação, nas ruas jogadas ao relento, nos abrigos públicos, às vezes, na prosperidade material mas miseráveis de espírito, esperando que as busquemos no leito e a apresentemos à Jesus.
Certamente Jesus espera isso de você e de mim.

BOA SEMANA Á TODOS

Willy Santos
Ministrações & Estudos Bíblicos

willysantoswilly@yahoo.com.br

sábado, 18 de outubro de 2014

Os "apóstolos de hoje" e os Apóstolos da Igreja Primitiva




Por: Willy Santos

De alguns anos para cá temos visto uma proliferação sem igual de novos “apóstolos” surgindo no cenário evangélico nacional. Homens que fundamentam-se em um título, como que reivindicando para si uma autoridade acima das demais posições eclesiásticas.

Quando olhamos para a Bíblia Sagrada, em O Novo Testamento, nos deparamos com um escritor muito peculiar: o médico Lucas. Ele escreve dois livros, o primeiro, sobre os atos de Jesus Cristo, e o segundo, sobre os atos do Espírito. Quem discorre em leitura pelo segundo livro tem a impressão de que ficou incompleto. No final de Atos, Paulo ainda está pregando em Roma e o livro não nos diz o que aconteceu com ele ou com o resto da igreja.

Acredito que o próprio Deus permitiu que assim fosse, até para que a história que Lucas está narrando só chegue ao fim quando o Senhor vier.
Não estou dizendo que toda a história da Igreja tenha a mesma autoridade e o valor apostólico do livro de Atos. Ao contrário, a Igreja sempre creu em O Novo Testamento e a idade apostólica tem uma autoridade única. Para nós, que cremos nas Escrituras pela fé, a história do cristianismo é muito mais que a história de uma instituição ou de um movimento qualquer.

A história do cristianismo é a história dos atos do Espírito entre os homens e as mulheres que nos precederam na fé.

O que vemos hoje?

Que alguns, mesmo de forma inconsciente, estão manchando, aos olhos do mundo, esta linda história, construída pelo sangue de Jesus e de todos os mártires da perseguição. Vejo os apóstolos modernos comportando-se de tal forma que é impossível ver a ação do Espírito Santo em suas vidas, diferente dos tempos da Igreja Primitiva, em que o Espírito agia poderosamente, através deles, naquela 
sociedade.

Hoje os “apóstolos” usam sua fé para enriquecer e engrandecer seu poderio pessoal, nos fazendo crer que até existe uma certa concorrência entre eles.  Enquanto os antigos combatiam as heresias, falsos mestres e militavam por uma fé genuína, os modernos combatem-se entre si, por dinheiro, poder, fama e espaço na mídia televisiva.

Algumas vezes, olhando pelo prisma de tais líderes, temos a impressão que a igreja abandonou por completo a fé bíblica. Neste caso, teremos de perguntar até que ponto essas ramificações podem ser chamadas de cristãs

Concluo que tais “apóstolos” podem até fazer parte da história da Igreja, mas não são parte dela, pois, esta tem o Espírito Santo como seu condutor e intercessor, cabendo à nós repugnarmos qualquer ato que visa vituperar o nome de Jesus Cristo.

Chegará o dia em que todos estes terão de dar conta do que fizeram, a consumação dos séculos chegará, e assim terminará a história da Igreja: gloriosa, pujante, vitoriosa e unida á Cristo para sempre!