sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Como eu vejo o movimento Neopentecostal





Por: Willy P. Santos

Algumas vezes tenho passado em frente a algumas denominações neo-pentecostais e, vendo-as lotadas em qualquer dia da semana e horários, indago a mim mesmo: isto significa um “sucesso” denominacional? Seriam seus líderes modelo para denominações mais antigas que, às vezes, parecem fadadas a um “fracasso numérico?”
Vejam, estou falando de cultos de Segunda à Segunda, três a quatro vezes ao dia com mensagens que não mudam de fórmula: contribua com grandes quantias de dinheiro, e Deus vai te abençoar.

Talvez algum pastor amigo já tenha parado e pensado como eu. Mas olhando de uma forma geral, vejo-as como um modelo de “igreja” que só funciona para a cúpula de sua liderança, não para seus fiéis, ainda que vejamos tantos “depoimentos” destes mesmos veiculados pela mídia.
Alguém pode até mesmo atrair uma enorme multidão ao seguir o modelo corporativo neo-pentecostal, mas não pode edificar uma igreja saudável, que fortaleça seus membros e cause impacto na comunidade vizinha.
Um verdadeiro pastor sabe que não pode dizer: “Somos uma igreja que se importa com as pessoas”, e depois acrescentar, “mas não tenho tempo para cuidar pessoalmente de nenhum de vocês”. É possível fundar uma igreja e fazê-la crescer numericamente, tendo como base o carisma ou visão, mas é impossível  fazer com que amadureça.

Aí eu me convenço que existe uma enorme diferença entre:
- tornar-se grande e desenvolver-se
- crescer em número e crescer em maturidade
- introduzir as pessoas no Reino e introduzir o Reino nas pessoas

Portanto, digo com tristeza, a cada dia que passa os ministérios denominacionais(e aqui não observo mais só as Neopentecostais) abrem mais igrejas, às vezes uma a menos de 200 metros de outras ; a cada dia surgem novos nomes e denominações, assim como tantos “apóstolos”, “bispos” e “patriarcas”, mas percebo que está faltando alguma coisa no cenário eclesiástico.

Chego à conclusão que podemos até ter mais igrejas, e maiores, do que em qualquer época, mas o tamanho e o número de igrejas claramente não melhoraram a saúde da nossa cultura.
Que tipo de evangelho (com "e" minúsculo mesmo) está sendo pregado? Aquele que transforma? Ou o que só agrega pessoas, ávidas por um sucesso temporal?

Deixemos as “disputas” egocêntricas, a busca da fama à todo custo e voltemos à velha fórmula do Evangelho e da Igreja Primitiva!


willysantoswlly@yahoo.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário