Por: Willy P. Santos
Algumas vezes tenho passado em frente a algumas denominações
neo-pentecostais e, vendo-as lotadas em qualquer dia da semana e horários,
indago a mim mesmo: isto significa um “sucesso” denominacional? Seriam seus
líderes modelo para denominações mais antigas que, às vezes, parecem fadadas a
um “fracasso numérico?”
Vejam, estou falando de cultos de Segunda à Segunda, três a quatro vezes ao dia com mensagens que não mudam de fórmula: contribua com grandes quantias de dinheiro, e Deus vai te abençoar.
Talvez algum pastor amigo já tenha parado e pensado como eu.
Mas olhando de uma forma geral, vejo-as como um modelo de “igreja” que só
funciona para a cúpula de sua liderança, não para seus fiéis, ainda que vejamos
tantos “depoimentos” destes mesmos veiculados pela mídia.
Alguém pode até mesmo atrair uma enorme multidão ao seguir o
modelo corporativo neo-pentecostal, mas não pode edificar uma igreja saudável,
que fortaleça seus membros e cause impacto na comunidade vizinha.
Um verdadeiro pastor sabe que não pode dizer: “Somos uma
igreja que se importa com as pessoas”, e depois acrescentar, “mas não tenho
tempo para cuidar pessoalmente de nenhum de vocês”. É possível fundar uma
igreja e fazê-la crescer numericamente, tendo como base o carisma ou visão, mas
é impossível fazer com que amadureça.
Aí eu me convenço que existe uma enorme diferença entre:
- tornar-se grande e desenvolver-se
- crescer em número e crescer em maturidade
- introduzir as pessoas no Reino e introduzir o Reino nas
pessoas
Portanto, digo com tristeza, a cada dia que passa os
ministérios denominacionais(e aqui não observo mais só as Neopentecostais) abrem mais igrejas, às vezes uma a menos de 200
metros de outras ; a cada dia surgem novos nomes e denominações, assim como
tantos “apóstolos”, “bispos” e “patriarcas”, mas percebo que está faltando
alguma coisa no cenário eclesiástico.
Chego à conclusão que podemos até ter mais igrejas, e
maiores, do que em qualquer época, mas o tamanho e o número de igrejas
claramente não melhoraram a saúde da nossa cultura.
Que tipo de evangelho (com "e" minúsculo mesmo) está sendo pregado? Aquele que transforma? Ou o que só agrega pessoas, ávidas por um sucesso temporal?
Deixemos as “disputas” egocêntricas, a busca da fama à
todo custo e voltemos à velha fórmula do Evangelho e da Igreja Primitiva!
willysantoswlly@yahoo.com.br
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