domingo, 30 de novembro de 2014

JÁ TE DEU VONTADE PARAR?

por Willy Santos

Há momentos que passa em minha cabeça parar com o ministério (evangelizar, pregar, ensinar, aprender, cooperar) pelas duras provas, incompreensões de quem menos esperamos e falta de visão de quem poderia nos ajudar...

Há períodos de nossa vida ministerial que esperamos que alguém enxergue como nós enxergamos, sobre as urgências de Deus ; almas para serem alcançadas e esclarecidas, seja multidões ou simplesmente uma única pessoa, mas o que encontramos são aqueles que não fazem e querem nos impedir fazer.

Críticos que demonstram saber tudo, mas pouco produzem ; gente que só pensa nas coisas desta vida, esquecendo-se que quando priorizamos o Reino, o Senhor de tudo nos acrescenta algumas coisas.

Estou cansado de gente que só enxerga o próprio umbigo, desprovidos de sentimento e sensibilidade para com os necessitados. Estou enfadado das instituições de homens, que poderiam servir à Causa, mas só buscam cifras. Estou indignado quando, mesmo com apelo dramático, procuramos angariar algum bem para ajudar um desvalido e percebo a indiferença no rosto da maioria, petrificados pelo egoísmo e mergulhados na mesquinhez.

Isso é cristianismo? Isso é amor? Onde está a compaixão? E tu, misericórdia, onde andas? Porque tantas brechas abertas quando poderíamos fechá-las todas? Porque proliferam-se como ratos os interesseiros, em detrimento do altruísmo?

Porque os homens gastam milhões em horários televisivos para brigarem entre si e em construções de obras faraônicas, quando milhares de famintos poderiam ser alimentados com a Palavra e a provisão?
E enquanto os almofadinhas espirituais ficam acomodados em seus templos à brisa do ar-condicionado e dos afagos de seus pares, como se a igreja fosse um clube social, somos chamados de vagabundos e desocupados quando procuramos sair das quatro paredes.

Não é no templo que estão as prostitutas, viciados, mendigos e marginalizados. Eles estão na rua, ao relento, nos caminhos por onde passamos todos os dias. Mas eles são invisíveis, não é? Para alguns "cristãos" eles nem existem...

E enquanto essa praga, fomentada pelo deus Mamon, se prolifera na figura de líderes que só falam em dinheiro, dinheiro e dinheiro, não para a Obra, mas para alimentar seus próprios ventres insaciáveis, vemos o saldo em prejuízo para um trabalho que poderia ser excelente.
Mas estou como o profeta Jeremias, quando conjecturava em parar (capítulo 20), uma chama queimava dentro dele, impedindo-o de desistir.
É por essa chama que eu não paro ; é pela necessidade de trabalhadores em uma seara tão imensa que eu não posso desistir: seria covardia.
É pelo sacrifício maior dAquele que verteu sangue em meu lugar que não abaixo a cabeça ; é por saber que milhões de vidas estão caminhando a passos largos para a perdição que não volto atrás ; é pelo compromisso e aliança firmada com Deus que busco forças sem tê-las e sigo em frente!

Se você está vivenciando isso também, meu irmão, então solidarize-se comigo: vamos apertar o passo, sigamos em frente, busquemos ânimo em Cristo, nosso exemplo de sofrimento e perseverança...

Eu creio que as nuvens vão se dissipar, o vento vai soprar e veremos o Sol da Justiça brilhar em nosso favor! Há uma chama dentro de nós e ela é proveniente do Espírito Santo, que nos dá força e poder.

É lícita a indignação e legítimo o inconformismo, mas isso não pode no servir de freio!

Cantemos como diz o Hino 515 da Harpa Cristã;

"Se Cristo comigo vai, eu irei
e não temerei, com gozo irei
comigo vai..."
"E grato servir a Jesus, levar a cruz
se Cristo comigo vai, eu irei"

AVANTE! Deus é contigo!

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